Year 8, Number 31, January 2006

 

Oseos y Osteoarticular
Article N°AJ31-20

 

 


Griva, Beatriz L.; Souza, Lenice R.; Moriguchi, Sonia M.; Taylor, B.; Koga, Kátia; Freitas, Renata G.; Mendes, Rinaldo P.

Departamento de Doenças Tropicais e Diagnóstico por Imagem, Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, São Paulo, Brasil. e-Mail beagriva@uol.com.br

Cita/Reference:
Griva, Beatriz L.; Souza, Lenice R.; Moriguchi, Sonia M. et al. Paracoccidioidomicose e aids: lesões ósseas disseminadas observadas à cintilografia com MDP[99mTc]. Relato de caso. Alasbimn Journal 8(31): January 2006.



Paracoccidioidomicose e aids: lesões ósseas disseminadas observadas à cintilografia com MDP[99mTc]. Relato de caso


Paciente do sexo masculino, de 31 anos, com diagnóstico de aids desde 1997, em uso irregular da medicação anti-retroviral.. Manteve-se, nesse período, com nível de linfócitos TCD4+ abaixo de 125 células/mm³ e o último exame, realizado em 09 de junho de 2005, resultou em 5 células/mm³. A partir de janeiro de 2004 vinha apresentando sudorese noturna intensa, calafrios, tosse e expectoração esbranquiçada e febre. Na investigação laboratorial não se obteve nenhuma confirmação diagnóstica surgindo, em novembro de 2004, nodulações subcutâneas migratórias localizadas em face, tronco e membros. Além disso, referia dor em ombro esquerdo, mãos, joelhos e tornozelo direito. Em janeiro de 2005, foi submetido à punção aspirativa dos nódulos, biópsia de lesões dermatológicas e exame citopatológico de escarro, que resultaram positivos para Paracoccidioides brasiliensis, sendo iniciado tratamento com itraconazol. Apresentou melhora parcial com piora após três meses, quando teve diagnóstico clínico de citomegalovirose, com comprometimento adrenal, uveíte toxoplásmica e confirmação diagnóstica de micobacteriose disseminada, por hemocultura, e atividade da paracoccidioidomicose. Foi submetido à cintilografia óssea e de articulações com MDP[99mTc], que demonstrou múltiplas áreas focais de aumento da concentração radioativa localizadas em regiões frontal, temporal e mala bilateralmente, em ombros, em cotovelos, em ulnas, em ossos do carpo e das mãos, em patelas, em tíbia esquerda, em fíbula direita, em articulação coxofemoral esquerda, em côndilos femorais e em ossos dos pés, bilateralmente.

O extenso comprometimento ósseo observado à cintilografia não é usual em pacientes com paracoccidioidomicose. Ocorre em aproximadamente 30% dos casos, principalmente em sua forma aguda ou sub-aguda e está relacionado à gravidade da doença. Os ossos mais acometidos são as costelas, clavículas, escápulas, úmeros, tíbias e fíbulas. A associação desta doença, causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, com aids é muito rara. A profunda imunossupressão causada pelo HIV foi, provavelmente, a responsável pelo intenso acometimento ósseo pela paracoccidioidomicose observado á cintilografia com MDP[99mTc].

 


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