Hiperparatireoidismo Secundário: Grau de Compromentimento Ósseo pela Cintilografia
Objetivo: Correlacionar o grau de comprometimento ósseo com os níveis séricos de PTH (paratormônio), o número de glândulas paratireoídes positivas e o tempo de hemodiálise.
Material e métodos: Foram estudados 61 pacientes com o diagnóstico de hiperparatireoidismo 43 do sexo feminino e 18 do sexo masculino. Todos os pacientes foram submetidos à cintilografia óssea com MDP-99mTc, cintilografia das paratireóides com Sestamibi-99mTc, e dosagem sérica de PTH. O comprometimento ósseo foi classificado conforme a gravidade entre o grau 2 (normal) e grau 29 (gravidade máxima), observando-se o comprometimento difuso (“super scan”) e as lesões focais ou difusas de vários seguimentos do esqueleto.
Resultados: 22 pacientes apresentavam índice de gravidade 12, 13 pacientes apresentavam índice de gravidade 14, 4 pacientes apresentavam índice de gravidade 16, os índices de gravidade 17, 18 e 22 foram atingidos por 3 pacientes cada, os índices 11, 13, 15 e 19 foram atingidos por 2 pacientes cada os índices 2, 20, 21, 24 e 29 foram atingidos por 1 paciente cada.
O tempo de diálise variou entre 3 e 16 anos com média de 8,5 + 3,5 anos. O número de glândulas por paciente variou entre 1 a 4 com média de 3 glândulas por paciente. O valor sérico de PTH variou entre 123 e 4075 pg/ml com média de 1752,5 + 895,3 pg/dl. Os índices de correlação de Pearson foram r = 0,11 para PTH X Índice de gravidade; r = 0,26 para Tempo de diálise X Índice de gravidade; r = 0,10 para Número de glándulas X Índice de gravidade; r = -0,42 para PTH X Tempo de diálise e r = 0,11 para PTH X Número de glándulas.
Discussão e conclusão. A gravidade do comprometimento ósseo não parece depender do número de glândulas alteradas ou do nível sérico de PTH medido. Entretanto os níveis séricos de PTH e tempo de diálise encontrados pode ter uma relação inversa e estar acima do valor crítico para a existência dos diferentes graus de comprometimento ósseo.
Referências:
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Kaida H, Ishibashi M, Nishida H et al. Usefulness of whole PTH assay in patients with renal ostedystrophy: correlation with bone scintigraphy. Ann Nucl Med. 2005, 19(3):179-84.
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Murata S, Ishibashi M, Nishida H et al. A clinical assessment of the relantionship between bone scintigraphy and serum biochemical markers in hemodiálisis patients. Ann Nucl Med. 2004, 18(6):513-8.
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